O Grande Controlador
"Concedei-nos, Senhor, a Serenidade
necessária
para aceitar as coisas que não podemos
modificar,
Coragem para modificar aquelas que
podemos,
e Sabedoria para distinguir umas das
outras"
Seja muito bem-vindo ao blog; Benvindo é meu sobrenome, Anônimo é o meu nome e pública é a minha codependencia e a minha gratidão.modificar,
Coragem para modificar aquelas que
podemos,
e Sabedoria para distinguir umas das
outras"
Liberte-se, solte-se e entregue-se a Deus, ou ainda: Decidimos entregar nossa vida e nossa vontade aos cuidados de Deus, na forma em que O concebíamos — Quarto Passo.
Eis ai o meu ponto central: A grande dificuldade da entrega, que agora eu vejo de forma clara — natureza exata — que é mesmo o meu grande obstáculo que impede-me de largar o controle.
Controle, controle, controle e mais controle... tanto medo em mim, medo de perder o controle; tanta insegurança em mim, insegurança pela possibilidade de não mais controlar; tanto vazio em mim, vazio por tanto descontrole, vazio por tanto desconhecimento de minha própria natureza.
Eu, um recluso; eu, um escravo de minha miopia emocional; eu, um prisioneiro do meu controle. Agora já não sei se sou simplesmente Anônimo Benvindo, e uma parte de mim é a controlador, ou se sou o próprio controlador, e uma parte dele sou eu. Uma vida de escravidão; uma vida de controle; uma vida de submissão; uma vida de receios; uma vida de medos infundados; uma vida de fugas; uma vida de vazio e depressão; uma vida de incertezas, angústias sem fim, pântanos, brejos, indiferença; uma vida solitário no farol distante, vigiando a cada segundo cada navio adentrando na minha estreita baia; reclusão, reclusão, reclusão...
Espelho, espelho meu, existe alguém mais controlador do que eu? Ah Poder Superior conforme O concebo; ah Poder Superior dos gregos antigos, Poder Superior dos africanos, dos incas, dos maias, dos celtas, dos povos nórdicos ... Ah Poder Superior de todos os povos de todos os tempos e de todas as eras: Socorro, socorro, socorro... estou passado, estou pasmo, estou tonto, estou perdido, completamente perdido dentro de minha codependência controladora.
Agora não sou mais eu quem vivo; agora é o controle quem vive em mim. Toda a minha vida, cada instante, cada segundo, tudo pautado pelo controle de tudo e de todos; cada inspirar e expirar sob controle; cada palavra sob controle; cada pensamento sob controle; cada ação sob controle; tudo controlado, tudo, absolutamente tudo submetido ao crivo do grande controlador em mim.
Não é a toa que sou uma verdadeira máquina de pensar — na verdade uma máquina de controlar. E de tanto tentar controlar absolutamente tudo, perdi-me no controle e, de forma infeliz, deixei de ser o grande controlador, para ser eu mesmo o grande controlado.
Eu no leme do grande navio da vida; eu no comando, eu ordenando, eu mandando e sendo obedecido; eu, o centro; eu, o grande condutor universal; eu, o almirante do navio; eu, o capitão do mundo.
— Continue indo às salas e lá obterás a sua recuperação — fala o controlador em mim; — Continue tentando manipular as pessoas para encontrar a sua felicidade — torna a falar o controlador em mim; — Seja sempre agradável e prestativo a fim de ser amado por todos — torna a falar o controlador... e fala sem parar o controlador. Agora não sou em quem fala, quem fala é o controlador em mim.
Mas tem uma coisa aí... neste exato momento em que escrevo, percebo que não sou este controlador, pois eu consigo observá-lo separado de mim — e ele também observa-me agora.
— Quem és tu controlador?
— Sou o seu velho ego Anônimo Benvindo, e estamos juntos desde o dia em que você nasceu.
— E por que você velho ego, a tantos anos controla tanto a minha vida?
— Controlo Anônimo Benvindo, para cumprir as suas ordens; sou seu fiel servidor e, caso você não queira mais os meus serviços, posso ir embora a qualquer momento e então, você poderá então navegar em paz pelos oceanos do equilíbrio de suas emoções; basta soltar as suas âncoras.
— Âncoras?
— Sim, âncoras... são muitas: Ressentimento, indiferença, apego, vergonha, angústia, medo, raiva, insegurança, fantasias mentais... Caso você solte todas as suas âncoras, seu barco ficará leve, e você então, conseguirá finalmente e sem nenhum controle velejar. Sou eu o Almirante do mundo, sou eu o Senhor das Âncoras, e caso você queira ver-se livre de mim, livre-se primeiramente de cada uma delas.
— Mas ego, eu sinto-me mais seguro atracado no cais.
— Então você é um marinheiro de águas rasas meu caro Anônimo Benvindo? Pelo visto você soltou pipa na frente do ventilador, com medo de perde-la e, sobretudo, com medo de sentir o vento.
— Ego, ego... estamos a tanto tempo juntos; creio que eu gosto de você e, no fundo, não gostaria de mandá-lo embora.
— A decisão é sua Anônimo Benvindo. Se é desta forma então, não perca mais o seu tempo com o Programa de 12 Passos, com leituras espirituais; não perca mais o seu tempo enganando a si mesmo, e assuma então, de uma vez por todas o lado mundano da vida — eu sou o Senhor do mundo Anônimo Benvindo.
— Confesso para você que não quero mais continuar vivendo em cima do muro; confesso que desejo sair da baia do meu egoísmo, levantar minhas velas e seguir adiante, confesso para você ego.
— Você já tem a resposta Anônimo Benvindo.
— Tenho?
— Sim... Se você conseguir praticar o Terceiro Passo, paulatinamente vai conseguir libertar-se de seus controles, libertar-se de mim, e então, quando você der por si, eu já terei partido.
— Mas ego amigo...
— Não tenha receio Anônimo Benvindo, não tenha receio; você estará em ótimas mãos, e tudo será tão natural, que entre nós não haverá mais nenhuma amarra e nenhuma âncora; entre nós, tão somente aquela lembrança agradável que virá com o tempo, algo assim como uma relação entre mestre e discípulo, ou ainda pai e filho. Vá Aloísio, vá... Liberte-se, Solte-se e entregue se a Deus.
Vá, vá agora Anônimo Benvindo, a maré está favorável, está alta, e o vento começa, enfim, a soprar mansamente em direção ao grande mar da vida.
Só por hoje serei feliz; só por hoje eu sou a pessoa mais importante da minha vida. Paz, serenidade e muitas 24 horas.
Eu no leme do grande navio da vida; eu no comando, eu ordenando, eu mandando e sendo obedecido; eu, o centro; eu, o grande condutor universal; eu, o almirante do navio; eu, o capitão do mundo.
— Continue indo às salas e lá obterás a sua recuperação — fala o controlador em mim; — Continue tentando manipular as pessoas para encontrar a sua felicidade — torna a falar o controlador em mim; — Seja sempre agradável e prestativo a fim de ser amado por todos — torna a falar o controlador... e fala sem parar o controlador. Agora não sou em quem fala, quem fala é o controlador em mim.
Mas tem uma coisa aí... neste exato momento em que escrevo, percebo que não sou este controlador, pois eu consigo observá-lo separado de mim — e ele também observa-me agora.
— Quem és tu controlador?
— Sou o seu velho ego Anônimo Benvindo, e estamos juntos desde o dia em que você nasceu.
— E por que você velho ego, a tantos anos controla tanto a minha vida?
— Controlo Anônimo Benvindo, para cumprir as suas ordens; sou seu fiel servidor e, caso você não queira mais os meus serviços, posso ir embora a qualquer momento e então, você poderá então navegar em paz pelos oceanos do equilíbrio de suas emoções; basta soltar as suas âncoras.
— Âncoras?
— Sim, âncoras... são muitas: Ressentimento, indiferença, apego, vergonha, angústia, medo, raiva, insegurança, fantasias mentais... Caso você solte todas as suas âncoras, seu barco ficará leve, e você então, conseguirá finalmente e sem nenhum controle velejar. Sou eu o Almirante do mundo, sou eu o Senhor das Âncoras, e caso você queira ver-se livre de mim, livre-se primeiramente de cada uma delas.
— Mas ego, eu sinto-me mais seguro atracado no cais.
— Então você é um marinheiro de águas rasas meu caro Anônimo Benvindo? Pelo visto você soltou pipa na frente do ventilador, com medo de perde-la e, sobretudo, com medo de sentir o vento.
— Ego, ego... estamos a tanto tempo juntos; creio que eu gosto de você e, no fundo, não gostaria de mandá-lo embora.
— A decisão é sua Anônimo Benvindo. Se é desta forma então, não perca mais o seu tempo com o Programa de 12 Passos, com leituras espirituais; não perca mais o seu tempo enganando a si mesmo, e assuma então, de uma vez por todas o lado mundano da vida — eu sou o Senhor do mundo Anônimo Benvindo.
— Confesso para você que não quero mais continuar vivendo em cima do muro; confesso que desejo sair da baia do meu egoísmo, levantar minhas velas e seguir adiante, confesso para você ego.
— Você já tem a resposta Anônimo Benvindo.
— Tenho?
— Sim... Se você conseguir praticar o Terceiro Passo, paulatinamente vai conseguir libertar-se de seus controles, libertar-se de mim, e então, quando você der por si, eu já terei partido.
— Mas ego amigo...
— Não tenha receio Anônimo Benvindo, não tenha receio; você estará em ótimas mãos, e tudo será tão natural, que entre nós não haverá mais nenhuma amarra e nenhuma âncora; entre nós, tão somente aquela lembrança agradável que virá com o tempo, algo assim como uma relação entre mestre e discípulo, ou ainda pai e filho. Vá Aloísio, vá... Liberte-se, Solte-se e entregue se a Deus.
Vá, vá agora Anônimo Benvindo, a maré está favorável, está alta, e o vento começa, enfim, a soprar mansamente em direção ao grande mar da vida.
Só por hoje serei feliz; só por hoje eu sou a pessoa mais importante da minha vida. Paz, serenidade e muitas 24 horas.
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